



Por Redacção || O Observatório da Imprensa e da Comunicação/OI, tem em sua posse, uma crítica científica demolidora, ao livro, “Lûmbo: Democracia no antigo reino do Kôngo”.
A crítica foi feita por um dos articulistas do OI, Nuno Dala. https://observatoriodaimprensa.net/articulistas/nuno-dala/. O título do proponente da crítica é: “Havia de facto Democracia no Reino do Kôngo?”. Na margem do texto que temos, pode-se ler um comentário com seguinte dizer: “Refutação à tese de Patricio Batsîkama”.
No essencial, a refutação é mesmo refutação na forma e de facto, uma vez que o texto deixa claro que tal tese, não passa de uma farsa, como atesta o seguinte juízo: “O autor não apresenta provas e muito menos explica em que medida é que havia efectivamente um poder executivo, um poder legislativo e um poder judicial no Reino do Kôngo, organizados em matriz democrática”. Vai mais longe ao afirmar que “a promoção da tese insustentável de que o antigo Reino do Kôngo era uma democracia, mais do que se supõe, é uma manifestação do etnocentrismo de que padecem muitos angolanos de origem bakongo [etnia da qual pertence o autor do Lûmbo], que insistem em lógicas e narrativas duma corrente de elevação dos bakongo à categoria de “etnia ímpar”, uma espécie de “gregos da África subsariana”.
Na construção desta farsa, a imprensa e com ajuda de jornalistas da etnia que se quer elevar ao nível de “gregos da África subsariana”, para usar as palavras de Nuno Dala, contribuiu para passar a ideia de que efectivamente havia democracia no reino do Kongo. Vários títulos sobre o livro foram divulgados no Jornal de Angola e na Agência Angolana de Notícias/ANGOP.
Quanto a contribuição do Jornal de Angola na “construção da tese de que no antigo Reino do Kongo havia democracia”, basicamente em sintonia com a Angop, foi reproduzindo os textos tal como foram publicados, desde Abril até Agosto.
A crítica de Nuno Dala ao livro, tem sete páginas e o OI publicará no dia 2 de Janeiro. Todos estão convidados a participar no debate, em particular o autor de “Lûmbo: Democracia no antigo Reino do Kôngo”.