Por Germano Ramalho || A candidata Dilma, no período da disputa de sua reeleição ao cargo de Presidente da República do Brasil, seguindo o conceito de marketing adoptado por sua equipe de campanha, conseguiu mostrar ao povo brasileiro um governo de grandes e profundas realizações em campos diversificados passando pela inclusão social, economia e estabilização internacional.
Para quem não conhece o passado recente do PT, evidente que todas as informações, a maioria falsa ou mentirosa, chegaram ao conhecimento da chamada população sem consciência política como noticia verdadeira fazendo de Dilma uma das maiores figuras de expressão que a política brasileira poderia mostrar nos últimos dez anos.
Ganhar a eleição a qualquer custo era uma questão de vida ou morte para o PT e suas principais lideranças sob o comando do ex-presidente Lula da Silva.
Os adversários bem que tentaram, mas, não conseguiram atingir o objetivo principal. Aécio Neves do PSDB como principal figura oposicionista até que movimentou a oposição, no entanto na reta final, mesmo crescendo nas pesquisas, não conseguiu superar a rica campanha do PT. Dilma ganhou de novo.
Como a mentira tem perna curta, ditado mais do que popular entre nós brasileiros, ao começar a falar de forma real no novo projeto de governo, notou-se uma inquietação na Presidente reeleita que se viu obrigada a tirar o véu da fantasia e mostrar aos brasileiros e ao mundo a verdadeira situação económica do Brasil.
A crise da PETROBRAS ressoou como uma pancada no estômago do governo a partir da decisão de Paulo Roberto Costa (seu ex-diretor) ao aceitar a delação premiada e começar a entregar as cabeças de empreiteiros, empresários e políticos, legitimado pela autorização da justiça federal.
Foi um Deus nos acuda. Renomadas figuras vinculadas ao PT, PMDB e PP, integram uma lista que os indicam como os maiores corruptos vinculados ao governo do PT, a Dilma e a Lula. Essa lista está em poder do Procurador Geral da República, que promete para esse mês de fevereiro, descrever as investigações criminosas realizadas pela Polícia Federal através do indiciamento de cada um daqueles que foram denunciados pelo ex-diretor da PETROBRAS.
Aliado a esse escândalo internacional, o Brasil foi surpreendido por Dilma que totalmente inversa ao que pregou em campanha, adoptou o discurso que apontava uma série de maldades contra o povo brasileiro, inclusos nesse emaranhado de maldades, aumento de tributos, retorno da cobrança de contribuições, cortes de direitos previdenciários e trabalhistas, além dos profundos cortes sobre o orçamento do governo federal para 2015, tendo a Educação e a Saúde como os mais prejudicados neste sentido.
Se a proposta da campanha era a de ampliar os investimentos em Educação e Saúde, Dilma confirmou suas mentiras de campanha ao anunciar os cortes orçamentários em sectores que há anos reclamam maiores investimentos. Dura realidade para o Brasil que aponta índices baixíssimos de qualidade na educação em todos os níveis.
A indignação do povo brasileiro aflorou. O custo de vida aumentou em média trinta por cento. Constatou-se que não havia no governo Dilma Um, política econômica com questões claras e definidas em relação ao crescimento, aos investimentos e principalmente a valorização do real. O resultado foi o índice vergonhoso apresentado ao final de 2014 para o crescimento da economia brasileira que não passou de pífios 0,5%.
Esses acontecimentos ocorridos ao final de 2014 e no inicio de 2015, enclausuraram Dilma no Palácio do Planalto em Brasília, que tem se mostrado temerosa diante as perspectivas de uma reação feroz da oposição a partir de fevereiro, especialmente quando o Supremo Tribunal Federal receber as denúncias contra os políticos envolvidos no escândalo da PETROBRAS.
Há quem afirme que diante a divulgação desses nomes, não há como o PT se sustentar no poder, pois, há indícios evidentes cujos laços de vinculação colocam na mesma dimensão o PT, o ex-presidente Lula da Silva, a presidente reeleita Dilma e influentes figuras políticas do PMDB e do PP, além dos nomes envolvidos, alguns presos pela justiça federal, não se descartando um novo impeachment no processo político brasileiro.