• Homepage
  • About Us
  • Videos
  • Audios
  • Newsletter
  • Products and Services
  • We on media
  • Partners
  • Contact
  • Language: English
  • search
Observatório da imprensa Observatório da imprensa Observatório da imprensa
Observatório da Imprensa – Leaderboard
  • Library
  • Democracy
  • Ethics of Communication
  • Freedom
    • Freedom
    • Freedom of speech
    • Freedom of press
  • International Reports
  • Scientific Journalism
  • +
    • Investigative Journalism
    • Right to civil disobedience
    • Right to internet
    • Legislation
    • Scientific and related freedom
    • Freedom of conscience
    • Artistic freedoms
    • Language and tongues
    • Media performance
  • Specials
Menu
  • Library
  • Democracy
  • Ethics of Communication
  • Freedom
    • Freedom
    • Freedom of speech
    • Freedom of press
  • International Reports
  • Scientific Journalism
  • +
    • Investigative Journalism
    • Right to civil disobedience
    • Right to internet
    • Legislation
    • Scientific and related freedom
    • Freedom of conscience
    • Artistic freedoms
    • Language and tongues
    • Media performance
  • Specials
Home
Artigo

Liberdade de imprensa: um pilar da democracia

Liberdade de imprensa: um pilar da democracia
Data:14 Dezembro, 2014
em:Artigo, Democracia, Liberdade, Liberdade de expressão, Liberdade de imprensa, Nelson D. António
Deixe um comentário
1087 Views

share

0 0
Oi Jornal
[F/rmc]
Por Nelson D. António || “Como poderiam os cidadãos participar realmente da vida política se toda a informação que pudessem adquirir fosse proporcionada por uma única fonte – o governo, digamos, ou, por exemplo, um único partido, uma só facção ou um único interesse?”- Robert A. Dahl.   

Em 1933, na Alemanha nazista, foi criado o Ministério da Propaganda do Reich. O Ministério era dirigido por Joseph Goebbels, conhecido pela famosa frase: “uma mentira dita cem vezes torna-se verdade”. Goebbels ordenou o fechamento de jornais, editoras, estações radiofónicas e televisivas que não compactuavam com os ideais nazistas, aniquilando assim o pluralismo e a liberdade de expressão e de imprensa. Goebbels produziu filmes que, por um lado, mostravam uma Alemanha feliz e próspera, sob o governo da “raça” ariana, por outro lado, incentivavam o heroísmo, o patriotismo o ódio contra os judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e não arianos.

A propaganda nazista elaborou um conjunto de princípios orientadores, dos quais é imperativo destacar alguns:

  • Princípio da transposição: Se não podes negar as más notícias, invente outras que distraiam as pessoas.
  • Princípio da vulgarização: Toda propaganda deve ser compreensível inclusive pelas pessoas menos inteligentes. Consequentemente, quanto maior for a massa a convencer menor será o esforço mental a ser feito, pois as massas possuem limitada capacidade de compreensão e esquecem-se facilmente.
  • Princípio da orquestração: A propaganda deve limitar-se a um número pequeno de ideias que devem ser repetidas constantemente, a partir de diferentes perspetivas.
  • Princípio do silêncio: Não falar sobre questões acerca das quais não se possui argumentos, bem como manipular as notícias que favoreçam o adversário.
  • Princípio da transfusão: A propaganda opera a partir de uma mitologia nacional ou um complexo de ódios e prejuízos tradicionais.
  • Princípio da unanimidade: Convencer a muitas pessoas de que pensam como as demais criando a impressão de unanimidade.

Grande parte das práticas e princípios supracitados continuam sendo utilizadas por certos governantes a fim de limitar o pluralismo e a liberdade de imprensa e de expressão. Entrementes, “cidadãos silenciosos podem ser perfeitos para um governante autoritário, mas seriam desastrosos para uma democracia.” (Dahl, 2001: 110)

OI IMPRENSA LIVRE
[F/rmc]
A existência ou inexistência da liberdade de imprensa constitui um dos critérios empregados para caracterizar os Estados democráticos, em transição para a democracia, e os não-democráticos. Nestes últimos, verifica-se geralmente a existência de “um partido único, normalmente liderado por uma só pessoa; uma polícia secreta poderosa e extensa; uma ideologia altamente desenvolvida que descreve uma sociedade ideal, a qual o movimento totalitário se compromete a realizar; e penetração governamental e controle da comunicação de massa e de todas ou da maior parte das organizações sociais e económicas.” (Huntington, 1994: 22).

Nos Estados não-democráticos que sinalizam uma transição para a democracia, por sua vez, verifica-se alguma redução da censura à imprensa. (Linz e Stepan, 1999: 21). Enquanto os Estados democráticos caracterizam-se pelo efetivo direito à participação e à contestação pública. (Dahl, 1997: 29). Tais direitos podem ser materializados quando os cidadãos têm acesso a fontes de informação diversificadas e livres, que informem os cidadãos acerca dos factos como efetivamente o são, desprovidas de manifestas inclinações partidárias, políticas e ideológicas.

Cidadãos informados e conscientes dos seus direitos e deveres de cidadania tendem a estar mais aptos para participar da vida política do seu Estado, bem como controlar e contribuir positivamente na gestão governamental. Cônscios de tamanho poder nas mãos dos cidadãos, certos governantes avessos à democracia procuram seguir a cartilha de Goebbels, sufocando a liberdade de imprensa, porquanto sem ela a pretensa democracia é moribunda.

A liberdade de imprensa não apenas possibilita a capacitação dos cidadãos para a participação da gestão da res pública e para a contestação pública, mas também abre um canal de diálogo entre os governantes e governados, que permite a partilha de informações e experiências que podem contribuir para o bem-estar comum. Em contrapartida, o controle da imprensa pelo governo, por um único partido ou facção, mediante a filtragem ou manipulação da informação impossibilita o controle da gestão da coisa pública, a contestação pública, e encerra o canal de diálogo franco e construtivo entre governantes e governados. Criando, consequentemente, cidadãos alienados e manipuláveis segundo os interesses dos governantes.

OI imprensa livre
[F/rmc]
Stuart Mill (2000: 29), lembra que “o que há de particularmente mau em silenciar a expressão de uma opinião é o roubo à raça humana – à posteridade, bem como à geração existente, mais aos que discordam de tal opinião do que aos que a mantêm. Se a opinião é correta, privam-nos da oportunidade de trocar o erro pela verdade; se errada, perdem, o que importa em benefício quase tão grande, a percepção mais clara da verdade, produzida por sua colisão com o erro.” Governantes avessos à democracia, no entanto, parecem incapazes de perceber tão cristalina verdade, encontrando grave ameaça na liberdade de dissenso expressa pela imprensa quando esta é livre.

Em suma, em Estados em que a imprensa é controlada pelo governo, por um único partido ou facção tende-se a apresentar um país feliz e próspero sob o seu governo. Entretanto, sucumbem o canal construtivo de diálogo, a liberdade de dissenso, a efectiva participação, a contestação pública, o controle da gestão da coisa pública, e a responsabilização dos governantes, conforme é característico da democracia. Para tal, a imprensa precisa ser livre, porquanto sem ela, a democracia constituir-se-ia em uma verdadeira miragem.

Referências:

CORREO DEL ORINOCO. Princípios de la propaganda nazi. Nᵒ 12, p. 5, 2009.

DHAL, Robert A. Poliarquia: participação e oposição. São Paulo: Edusp, 1997.

_____________. Sobre a democracia. Brasília: UnB, 2001.

GOEBBELS, Joseph. Diário: últimas anotações. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

HUNTINGTON P. Samuel. A terceira onda: a democratização no final do século XX. São Paulo: Ática, 1994.

LINZ, Juan J.; STEPAN, Alfred. A transição e consolidação da democracia: a experiência do Sul da Europa e da América do Sul. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

MILL, John Stuart. A liberdade; utilitarismo. Martins Fontes: São Paulo, 2000.

RELACIONADOS:
Sem economia de mercado não haverá diversificação da economia em Angola

[Pt|rmc]  Por Nelson D. António || A palavra de ordem do momento, em Angola é: diversificação da economia! A diversificação da economia pode ser concebida como Leia mais

A qualidade da esfera pública mediática angolense

"A qualidade da esfera pública mediática angolense". Será razão de debate no dia 25.07.2020. Oradores: Sousa Jamba (Jornalista); Karina Carvalho (Socióloga); Muata Sebastião (Filósofo) e Domingos Eduardo (Jurista).

Decadência da liberdade de imprensa em tempo de pandemia

Joaquim Manuel*│A mais pura suposição do dever ser, do exercício da actividade jornalística nas democracias modernas traduz-se na liberdade de imprensa e de expressão. Isto é, na autonomia da linha Leia mais

Anterior: Insegurança jurídica do Estado Democrático brasileiro
Próximo: Mulheres: a violência, a coragem e a educação!

Pensamentos

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. — Artigo 1º Declaração Universal dos Direitos do Homem

Cartoons

Revolution Slider Error: You have some jquery.js library include that comes after the revolution files js include.
This includes make eliminates the revolution slider libraries, and make it not work.

To fix it you can:
    1. In the Slider Settings -> Troubleshooting set option: Put JS Includes To Body option to true.
    2. Find the double jquery.js include and remove it.

Articulistas

Ana Gondim

Ana C. Gondim
  • Mulheres: a violência, a coragem e a educação!

Arnaldo

Arnaldo Sucuma
  • DIREITOS HUMANOS E LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Domingos da Cruz

Domingos da Cruz
  • Papel das ciências sociais e humanas em tempo de pandemia

Fernando Macedo

Fernando Macedo

    Germano Ramalho

    Germano Ramalho
    • Fevereiro será decisivo para o governo brasileiro

    Giuseppe Tosi

    Giuseppe Tosi
    • A Democracia como “forma mista” de governo em Norberto Bobbio

    Muata Sebastião

    Muata Sebastião
    • Governo paternalista e o exercício da cidadania

    Nelson D. António

    Nelson D. António
    • Sem economia de mercado não haverá diversificação da economia em Angola

    Jacinto Wacussanga

    Jacinto Wacussanga
    • COVID-19 EM ANGOLA: LEITURAS RURAIS ARREVESADAS

    Raquel Camargo

    Raquel Camargo

      Sven Peterke

      Sven Peterke

        Xênia de Carvalho

        Xênia de Carvalho
        • Uma voz feminina na pandemia: “Cidadã de segunda classe”



        Angola

        Quem somos

        O Observatório da Imprensa e da Comunicação é uma organização da sociedade civil que visa monitorar e avaliar o desempenho da media nacional. Esta avaliação é feita com base em pesquisa e análise. O Observatório guia-se pelos critérios do Direito Internacional dos Direitos Humanos sobre democracia, liberdade de expressão e de imprensa, assim como as directrizes da UNESCO sobre uma imprensa livre, independente e ao serviço do desenvolvimento humano.
        Leia mais

        Facebook

        Twitter

        • twitter
          Pastor Elias Isaac: “Racismo. MPLA continua a reproduzir as relações raciais do colono” https://t.co/91ux953nyE
          • Reply
          • Retweet
          • Favorite
        • twitter
          Filomeno Vieira Lopes: “Racismo. A grande massa negra de Angola vive nos musseques, no lixo, na pobreza” https://t.co/YiEuJ6NfUr
          • Reply
          • Retweet
          • Favorite

        Newsletter

        Para receber em sua caixa-postal o conteúdo do Observatório da Imprensa, envie-nos sua conta de e-mail através do campo abaixo.

        loader





        • Quem somos
        • Contacto
        • Política de Privacidade
        Observatório da imprensa
        Copyright © 2019 - Observatório da Imprensa.