Por Domingos da Cruz|| Angola está entre os países onde não existe liberdade para pesquisar, para ensinar, ou seja, não tem liberdade académica, segundo o Índex Mundial sobre a Liberdade Académica da Scholars At Risk, organização académica sediada na Universidade de Nova York. A África do Sul, Ruanda, Etiópia, Egipto, Benim, Estados Unidos, Canada, Europa Ocidental, Austrália, entre outros, estão entre os países onde a liberdade académica é comum e promovida. Os países cor de laranja são aqueles onde há liberdade para fazer ciência e ensinar. Confira o mapa.
A liberdade académica e científica é uma ferramenta para construção de sociedades melhores. A liberdade académica tem implicações na sociedade como ─ uma imprensa livre e Judiciário independente, ─ Este sector saudável é essencial para uma justa, próspera e sociedade aberta. É um motor das habilidades e ideias que uma sociedade necessita para resistir à opressão e enfrentar novos desafios.
Quando a liberdade académica, científica e de ensinar são enfraquecidas por negligência ou abuso, o sector não é capaz de desempenhar o seu papel numa sociedade civil moderna, levando inevitavelmente ao conflito, instabilidade e angústia social, particularmente no mundo académico e científico.
No relatório que avalia a liberdade académica no mundo, a Scholars at Risk, lamenta o facto de só na última década terem dado inicio a criação de um barómetro para avaliar o estado da liberdade científica no mundo ─ Uma categoria chave para o progresso da civilização mundial.
O SAR Mundial Academic Freedom Inquérito/Índex pretende ser a primeira medida abrangente da saúde das comunidades de ensino superior em todo o mundo no que diz respeito a valores fundamentais da liberdade académica, autonomia institucional e respeito pelos direitos humanos dos cientistas de todas áreas. Uma ferramenta importante para pesquisadores, defensores e formuladores de políticas que visa reforçar as comunidades de ensino superior e compreender seu papel na promoção saudável e próspera.
Um protótipo de levantamento de dados, índex, foi desenvolvido e está em fase de testes. A Scholars at Risk recebe consultas de pesquisadores e professores interessados em participar no seu desenvolvimento.
A Liberdade Académica é o direito das pessoas à explorar o mundo das ideias, literatura e ciência, divulgar tais ideias com convicção, e liberto de toda pressão, sanção, censura de carácter política, social, cultural ou religiosa.
Em Outubro de 1933, dez mil pessoas participaram de um evento no qual Albert Einstein falou sobre a importância da liberdade académica. Na sua alocução Einstein incentivou o público a “resistir contra os poderes que ameaçam suprimir a liberdade intelectual e individual” e falou sobre o dever de “cuidar do que é eterno e maior entre os nossos bens materiais, [a ciência]”. O físico justificou o seu argumento explicando que “sem essa liberdade não teria havido nenhum Shakespeare, Goethe não, não Newton, não Faraday, não Pasteur e nenhum Lister”. (…). “Só os homens que são livres é que criam as invenções e obras intelectuais que para nós, modernos fazem a vida valer a pena.”
Claramente Dr. Domingos da Cruz, a ideia é encher-nos de informações fúteis, sem fundamento para não atingirmos a excelência. Quer dizer os cidadãos que não tem a oportunidade de mergulhar noutras academias do MUNDO basicamente adquirem nas Universidades Angolanas (salvo uma ou outra) conhecimento como informação e nunca como SABER. O SABER COMO E PORQUÊ… Depois controla a mente das populações com os medias na palma das mãos como arrogava Josef Stálin e outros. É implexo devemos ter muita visão pra SABER.