Amnistia Internacional: “Autoridades devem respeitar o direito de protestar”

Amnistia Internacional: “Autoridades devem respeitar o direito de protestar”

Falando sobre as manifestações pacíficas previstas para amanhã em Angola, organizadas em protesto contra o elevado custo de vida e a favor da calendarização das eleições autárquicas, Muleya Mwananyanda, diretora regional adjunta da Amnistia Internacional para a África Austral, disse:

“As autoridades angolanas devem garantir os direitos dos manifestantes de exercerem a sua liberdade de expressão e de reunião pacífica, que estão protegidos pela constituição angolana. “

“Os últimos protestos pacíficos em Angola foram recebidos com uma brutalidade policial, com manifestantes agredidos e detidos por nenhuma outra razão que não seja criticar as autoridades. A Amnistia acompanhará a situação de perto e documentará quaisquer violações semelhantes. Encenar um protesto pacifico não é crime. “

“As autoridades angolanas devem permitir que este protesto avance e garantir que as exigências legítimas das pessoas para a responsabilização e a reforma não sejam encaradas com violência ou represálias.”

Contexto

O protesto de 11 de Novembro está previsto a iniciar em Luanda, no parque de estacionamento do Cemitério Santa Ana, e continuará até ao Largo 1de Maio. Os manifestantes exigem que o Poder Executivo Angolano estabeleça planos concretos sobre condições e custo de vida decentes para os angolanos. Pedirão também a revisão da legislação eleitoral e a reforma da Comissão Nacional de Eleições, a título de garantia de eleições livres e justas.

Para mais informações ou para solicitar uma entrevista, contacte: Robert Shivambu, Media Manager, Escritório Regional da Amnistia Internacional na África Austral através do número +27 11 283 6000 ou +27 83 437 5732 ou robert.shivambu@amnesty.org

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