Félix Miranda: “Ainda há muita luta para travar com vista a promover e garantir os Direitos Humanos aos desfavorecidos”

Félix Miranda: “Ainda há muita luta para travar com vista a promover e garantir os Direitos Humanos aos desfavorecidos”

Ao comemorarmos os 71 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, concluo que: seria uma das conquistas merecedoras de óscares e prémios nóbeis pela sua abrangência, magnitude e latitude intemporal, inclusive na luta contra todo o tipo de preconceitos, discriminações e marginalizações. As 7 milhões de almas deste mundo deveriam usufruir destes direitos.

Infelizmente, esta dose de “penicilina” que pensávamos seria adoptada e administrada para todos os males contra a dignidade humana, não deixou de ser apenas simples quimera. Na maior parte das vezes sobre-aproveitada para fins mediático-propagandísticos, políticos e até comerciais.

Hoje, mais do que no passado, o mundo virou de patas para o ar e seus habitantes, com os vícios da globalização, cuja contaminação é se traduziu na ambição desmedida do homem (capitalista ou não, desde que tenha o lucro como bússola e os seres humanos como simples criaturas descartáveis), vão cometendo crimes cada vez mais sofisticados, embora subtilmente perpetrados, usando técnicas modernas e cobertos por constituições e leis.

Quero dizer que muita luta há ainda a travar para salvar esta conquista e com ela protegermos sobretudo os mais desfavorecidos e desprotegidos. A luta de hoje não é só política na sua essência, passa igualmente pela protecção do planeta. Esta entidade que está sob ataque da acção humana, e que resultou na poluição, aquecimento global, desertificação, entre outros problemas ecológicos que fazem mais vítimas do que os efeitos directos de perseguições e massacres por homens irresponsáveis que controlam o poder.

Se analisarmos as injustiças político-sociais e os métodos ditatoriais como causa mais visível de violação dos Direitos Humanos, não podemos deixar de mencionar neste quadro dramático, as migrações motivadas pelo efeito das mudanças bruscas do clima. Estas populações forçadas a abandonarem as suas localidades estão sempre sujeitas as incompreensões e maus tratos por parte da gente de encontro/”acolhimento” ou das próprias autoridades. Muitas vezes não por capricho, mas por saturação da realidade local.

Nesta onda, estes 71 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos devem ser comemorados com apelos veementes ─ não só aos políticos ─, violadores de direitos e bem conhecidos; aos prevaricadores e perpetradores de violência doméstica; aos criminosos, por infanticídios e outros, mas igualmente aos grandes patrões, responsáveis pelo não cumprimento do Caderno de Encargos da Agenda 21.

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