“Só os tontos podem acreditar num futuro governo de Samakuva ou Chivukuvuku” – João Pinto

“Só os tontos podem acreditar num futuro governo de Samakuva ou Chivukuvuku” – João Pinto
Joao Pinto
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Por Sedrick de Carvalho|| A afirmação acima foi proferida pelo vice-presidente da bancada parlamentar do MPLA, João Pinto Manuel Francisco, durante um “debate” no facebook no qual se discutia o ´post´ publicado pelo internauta Nuno Álvaro Dala onde disse: “Os partidos na oposição são mesmo ingênuos! Na UNITA, mais uma vez, começou o berreiro de que, ‘com certeza’, ISAÍAS SAMAKUVA SERÁ PRESIDENTE DE ANGOLA EM 2017 E A UNITA SERÁ GOVERNO. Por outro lado, na CASA-CE, o berreiro é de que ABEL CHIVUKUVUKU SERÁ O PRESIDENTE DOS ANGOLANOS EM 2017 E A CASA SERÁ GOVERNO. *QUANTA INGENUIDADE DE FAZER DOER A CABEÇA! 1. Será que Samakuva e Abel não sabem mesmo que NA DITADURA a máquina de teatralização eleitoral está programada para dar a “vitória” ao ditador e ao MPLA? 2. Não percebem estes dois e seus partidos que A MUDANÇA EM ANGOLA É INVIÁVEL COM ELEIÇÕES? Para mim, chega a ser gozação com a cara dos seus militantes e, por extensão, dos angolanos, esta anedota de que em 2017 AS COISAS MUDARÃO! Quanta ingenuidade!”

Em jeito de confirmação de que realmente a UNITA e a CASA-CE não serão governo em 2017, João Pinto comentou o ´post´ de Nuno Álvaro dizendo: “Para se ganhar uma eleição não basta crença ou promessa, importa transmitir confiança no futuro atendendo [o] presente que reflecte os feitos efeito pelos feitos”.

Por isso, adiantou o deputado do MPLA, “só os tontos podem acreditar num futuro governo de Samakuva ou Chivukuvuku que nem sequer conseguem autoridade interna”.

João Pinto ainda alertou aos partidos na oposição que “sonhar não faz mal”, pois “assim sobrevive-se ou desviam-se dos problemas internos na UNITA e anexos”.

Domingos da Cruz, escritor e jornalista, entrou no “debate” e realçou o facto de que está “claro, e dito por um vice-presidente da bancada parlamentar do partido delinquente, que com a máquina da fraude, a vitória de Samakuva ou Chivukuvuku, não passam de delírios (sonho, como disse o cujo, acima expresso)”.

Segundo o autor do livro “Quando a guerra é necessária e urgente”, que lhe valeu um processo criminal do qual saiu vitorioso, a afirmação do deputado João Pinto é demonstração inequívoca que “há ditadura em Angola [e] ponto parágrafo”.

Em jeito de intimidação, segundo o autor do ´post´, João Pinto pediu a Nuno Álvaro para “não defender o caos pelo facto de não termos noção do impacto do incitamento da desobediência civil”, e aconselhou “moderação pelo facto disto ser crime público e o incitamento ou tentativa punível nos termos da Lei dos Crimes Contra a Segurança do Estado”.

O antigo crítico do regime relembrou que “Savimbi, em 1992, foi levado por jovens como Chivukuvuku e outros, hoje ele foi vítima de si mesmo e os jovens de então hoje JES continua por ter enveredado pelas instituições democráticas”.

Em resposta, Nuno Álvaro publicou: “Não perca seu tempo com esta sua argumentação de alegação de crime contra isto ou aquilo. Como já deves ter percebido, sou mesmo daqueles angolanos que considera que A DESTRUIÇÃO DA DITADURA É O CAMINHO. Os agentes do mal [JES e seus asseclas] são um cancro para Angola. Eu tenho defendido sistematicamente através dos meus textos e por outros meios que HAVENDO EM ANGOLA UMA DITADURA TRAVESTIDA EM DEMOCRACIA SOMENTE HÁ UM CAMINHO: DESTRUIR ESTA DITADURA. Não pela guerra mas pelo desafio político. Caso ainda não tenha notado, há em Angola a corrente que defende a destruição da ditadura como caminho para a mudança”, tendo, na sequência, convidado o deputado a ler os artigos por ele publicados no site www.observatoriodaimprensa.net

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